quinta-feira, 22 de março de 2012

Ele ensinou que tudo é nada sem amar


Hoje em dia eu fico simplesmente impressionado com o "amor" que as pessoas vivem.
Posso ser grosso e indelicado muito vezes e por isso não sou entendido como desejo ser, mas dentro de mim, e disso o senhor é testemunha, há um amor pelo próximo que muitas vezes nem eu mesmo compreendo de onde vem. Eu simplesmente não consigo fingir que uma pessoa estar ali, sofrendo, desanimada, cansada, se sentindo um ninguém, eu simplesmente não consigo ver que aquela pessoa estar ali por opção dela, até porque essa não é a minha função como cristão, eu só consigo olhar para um SER HUMANO que assim como eu estar exposto a cair, a ceder em algum momento da vida para os problemas.
Muitas vezes assim um único sinal de que alguém senti a sua dor, de que alguém se importa com a sua dor, de que alguém prestou atenção nela é o suficiente para tirar pessoas da situação em que vivem, para dar-lhe novo animo, um novo estimulo de vida.
As pessoas não são máquinas para serem usados para propósitos ou um pedaço de carne que simplesmente estar ali para servir. As pessoas SÃO GENTE COMO A GENTE que necessitam ser amadas, ouvidas, acolhidas, ajudadas.

Quero amar a Deus
Sobre todas as coisas
E o próximo, como a mim mesmo,
Me importar com a dor do meu irmão
Como se fosse minha dor, aprender a perdoar,
É o que queres de mim: que eu viva o amor,
Que eu viva pra amar...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Céu Enegrecido


Um dia chuvoso de céu enegrecido. Os raios de sol só transpõem as negras nuvens o suficiente para saber-se que é dia. Um tempo frio. Poderia ser o cenário de um daqueles filmes dramáticos, de uma imagem descolorida, acinzentada. Sim, imaginemos assim. Mas esse cenário acinzentado como a visão de um mundo decaído, um mundo perverso, a nossa visão. E o céu enegrecido, aquilo que carregamos dentro de nós, a nossa natureza, que, embora, perversa, deixa passar uma leve claridade que dá indícios de quem éramos, de quem deveríamos ser, e faz-nos almejar traspassar este negro e denso céu de nossa decadência e encontrar a luz.

Eis o homem em decadência, alguém que pelo encantamento do supérfluo e proibido, desviou seus olhares do infinitamente valoroso, o inestimável tesouro que mentes decadentes tentam diminuir a glória e assassinar. Alguém que, agora, é vazio em essência e sentido, guardando ainda traços do que era, mas degenerando-se ainda mais a cada dia. Buscando o sentido que perdeu, buscando solucionar os paradoxos de sua existência. Perverso, em antítese, busca bondade. Busca nas coisas e em pessoas o tesouro que perdeu. Perdeu o rumo, como em uma noite de pura escuridão, tateia procurando algo que perdeu – talvez, pela própria escuridão, não saiba realmente aquilo que perdeu.

“Que quimera, então, é o homem! Que caos, que contradição, que prodígio! Juiz de todas as coisas, verme imbecil da terra; depositário da verdade; um poço de incertezas e horror, orgulho e refugo do universo.” (Blaise Pascal)

Cheios de questionamentos, desesperados por respostas; maus, mas fazendo-se e se dizendo bons; mentirosos, porém buscando sinceridade; complicados, mas buscando simplicidade; negando toda a verdade, porém ansiando por uma. Negando nossa natureza, negando quem deveríamos ser, negando Aquele tesouro incalculável, porém buscando pequenas porções de ferro, degradante e corrosível, com que possa se fartar.

“Nós somos os homens ocos / [...] / O elmo cheio de nada. Ai de nós!” (T. S. Eliot)

Homens vazios, com elmos, capacetes, nas cabeças, mas decapitados. Homens de corações e mentes vazias, tateando, como cegos, procurando o significado perdido de suas existências.

Buscamos traspassar as nuvens negras daquele céu por nossos próprios meios, além do cinza, almejamos a redenção, mas queremos auto-redenção. Este céu enegrecido de nossa natureza pecaminosa, degenerada, não deixará se converterá em luz a menos que o vento sopre, carregue as densas trevas e revele-nos uma maravilhosa luz.

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
(João 8.12)